AULA 15 – CONSONÂNCIAS E DISSONÂNCIAS
Antes de iniciar nossos estudos sobre as tétrades e pêntades, preciso passar algo importante, sobre as notas consonantes e dissonantes.
Em cada escala diatônica, há sete notas, mais a repetição da primeira, e destas sete notas, algumas são mais agradáveis que outras, sobretudo ao ouvido ocidental. Atrás desse vago parâmetro de subjetividade, existem fórmulas físicas que demonstram que estes dois graus têm uma freqüência harmônica diferente dos demais graus, mas em suma, podemos dizer que estas duas notas causam uma sensação de instabilidade ao nosso ouvido, ou um pouco de tensão. (Ok! Lembre-se que isso é relativo!) De qualquer forma, pessoalmente afirmo que os acordes dissonantes (com notas dissonantes) são os que embelezam e enriquecem uma música.
De forma informal, consideram-se consonantes os graus T, 3º, 4º, 5º e 6º de uma escala, enquanto os graus 2º e 7º são vistos (ou melhor, ouvidos) como dissonantes. Logo, numa escala de Do, teremos as seguintes notas consonantes e dissonantes:
Escala de Do: Do Ré Mi Fá Sol Lá Si
Escala de Ré: Ré Mi Fá# Sol Lá Si Do#
Escala de Fá: Fá Sol Lá Sib Do Ré Mi
Considera-se também os graus 4º aumentado ou 5º diminuto (enarmônicos) uma dissonância. Ou seja, se numa escala de Do você utilizar a nota Fá # ou Sol bemol, será considerada uma dissonância.
Além disso, se você utilizar num acorde qualquer nota de sua escala, porém alterada (ou seja, com um acidente), isso será uma dissonância. Por exemplo, se num acorde de Do (maior ou menor), você incluir um Fá#, ou um Ré bemol, esta nota será uma dissonância e o acorde se tornará um acorde dissonante.
Este assunto é mais completo e complexo que isso, mas é só pra dar uma luz.
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