[Observação:
Desde o início deste estudo (e da minha vida) tenho buscado conhecer e praticar a vontade de Deus, procurando entender tudo o que Ele tem para mim. Com esta certeza, creio que, se errar, Deus conhecerá meu desejo em acertar, e viver aquilo que Ele quer para mim. Não tenho o menor interesse em distorcer a Palavra, ou de adaptá-la de forma que me convenha. Muito pelo contrário, creio que os mandamentos da Palavra de Deus, embora não penosos (1Jo 5.3), tendem a estreitar meu caminho. E isso me alegra. Desafios nos mantém mais dispostos, e com uma meta mais definida.
Sabendo que meu intuito é entender o que Deus quer para mim, a despeito do que eu quero para mim, creio que Seu Santo Espírito me ajuda em minhas fraquezas (Rm. 8.26), e me faz entender todas as coisas (Jo. 14.26). Mormente a Sua própria Palavra.]
Como há milhares de anos não havia tanta dificuldade de entendimento, por terem um léxico reduzido, com menos palavras e sinônimos, quando escreviam medo, queriam dizer medo. Quando escreviam submissão, usavam a palavra submissão. Quando queriam dizer respeito, escreviam respeito.
Sendo assim, em alguns versículos, o autor do livro escrevia medo, em outros, respeito, em outros, submissão. Existem muitos versículos na Bíblia que realmente querem dizer respeito, temor.- Deus me livre.. Se meu pai me pega, eu estou lascado. Tenho medo do que ele fará se me pegar.....
Eu pergunto:
Para entendermos essa relação
* Por um acaso, este temor anulou o amor da criança pelo pai?
Não! A criança não tem medo do Pai, mas fica implícito nas palavras que ela teme o castigo que seu pai poderá impor a ela caso a veja fazendo algo errado.
Aqui, vimos a visão do filho. Agora veremos a visão do pai.
Um pai descobre que seu filho está começando a se infiltrar numa gangue que rouba objetos. Após uma conversa com o filho, a criança se mantém nestes caminhos ruins. Sem o menor temor de seu pai. Sem medo de ser punida. Uma hora o pai chega ao filho e o castiga com algumas cintadas e impede-o de fazer algo que gosta muito, como castigo corretivo, com o intuito de afastá-lo do caminho obviamente mal que o filho está entrando. O pai deixa claro que esta correção é para o bem do filho.
Pergunto:
* Por acaso esta atitude do pai anula seu amor pelo filho?
Se um pai castiga o filho quando este comete algum delito, o pai disciplina o filho. Sem deixar de amá-lo. E o filho teme este castigo, esta correção, sem deixar de amá-lo.
Qual o filho que gosta de ouvir do pai:
- Rapaz!!! Sobe agora que já vamos ter uma conversinha!!!
Nenhum! No mínimo o filho já sobe chorando, pois teme o castigo.
Muitos pais corrigem os filhos de forma desumana, irracional, sem conversar, e isto realmente faz minguar o amor do filho pelo pai, mas quando um pai é amável, até na disciplina este amor transborda. E o filho continua firme com o amor pelo pai, sabendo que ele é um paizão.
O que quero esclarecer é que o filho tem medo da correção do pai, e não do próprio pai. O filho teme as cintadas do pai, e não o próprio pai.
Por isso, inclusive, muitos educadores dizem que um pai jamais deve bater em seu filho com suas próprias mãos, mas sempre discipliná-los com algum objeto, como uma varinha, um chinelo, uma cinta. O filho tem a capacidade de temer ao objeto de punição, desvencilhando-o do próprio pai. Se um pai bate no filho com um chinelo, o filho terá temor do chinelo, e não do pai. Isto é provado por meio de pesquisas.
Agora, se o pai bate com as próprias mãos, o filho terá medo das mãos do pai. Isso é ruim, pois essas mãos deveriam ser caracterizadas pelo carinho e amor ao filho, e não como ferramenta de disciplina.
- Eu não vou fazer isto, pois tenho medo do castigo de meu pai.
O mais comum a se ouvir é:
- Eu não vou fazer isso, pois tenho medo de meu pai.
Da mesma forma, nós dizemos que temos medo de nosso Pai, mas tendo em vista Sua correção, e não Sua pessoa.
De qualquer forma, apesar de eu crer que esta simples analogia já seja o bastante, quero escrever alguns versículos que dizem a respeito do Temor do Senhor, e que não se harmonizam com o termo “Respeito” ou “Submissão”, mas sim com o próprio “Medo” ou “Pavor”.
Vamos ver alguns:
Mt. 10.28 - Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo.
(Neste caso, entendo que se trata de medo, e não de respeito. É extremamente mais aceitável aceitar que as pessoas têm medo de assassinos, do que respeito e/ou submissão a eles.)
Dt. 11.25 - Ninguém vos poderá resistir; o SENHOR, vosso Deus, porá sobre toda terra que pisardes o vosso terror e o vosso temor, como já vos tem dito.
Ef. 6.5 - Quanto a vós outros, servos, obedecei a vosso senhor segundo a carne com temor e tremor, na sinceridade do vosso coração, como a Cristo
(Nestes versículos, já lemos que, aliado ao temor, devemos ter tremor. Este tremor se alia muito mais facilmente à idéia de medo, pavor, do que de respeito e submissão. Desconheço alguém que tenha “tremido de respeito”.)
* O Amor de Deus não anula sua Justiça
Reitero meu ponto de vista: O “Temor do Senhor” não é um temor do próprio Deus, mas sim de Sua justiça. Das conseqüências por Ele impostas, decorrentes de nossos erros e pecados.
Como diz em Hebreus 10.31, “Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo.”
As mãos d’Ele são as mãos mais lindas, carinhosas e amáveis do mundo, e os furos nelas provam isto. Porém, um bom pai tem uma mão que acalma, acaricia, mas também uma mão que corrige. Deus, como Pai, tem também. Os meios que Ele se valerá para nos castigar podem ser outros, mas a conseqüência virá.
A palavra de Deus nos diz em Provérbios 16.6 que “por causa do Temor do Senhor, o homem se afasta do mal.”
Por quê?
Por que perdemos o temor?
A meu ver, o Temor do Senhor em alguns momentos deve ser entendido como respeito e submissão, sim, mas em outros, deve ser entendido como medo mesmo, como o autor quis se expressar e afirmar, mas não um medo d’Ele, mas das conseqüências que Ele pode impor.
e o homem muitas vezes teme um ladrão, uma barata ou algum ser ínfimo que seja, quanto mais o nosso Deus Eterno, que tanto nos ama, mas está disposto a nos dar um bom castigo, ambicionando nossa perfeição! E para muitos, essas chances serão tantas, tantas, que um dia acabarão. E serão lançadas no Lago de Fogo. Porque Deus não as queria? Não... Porque elas não O queriam. O amor respeita. O amor liberta. Serão afastadas de Deus por vontade própria. E Deus assim agirá. Por falta de amor? Não... Por justiça!
Abaixo, alguns versículos para meditação sobre o "Temor do Senhor", porém, com idéia original de respeito e submissão:
* Jó 28:28 - E disse ao homem: Eis que o temor do senhor é a sabedoria, e o apartar-se do mal é o entendimento.
* Provérbios 2:4, 5 - Se buscares a sabedoria, então entenderás o temor do senhor e acharás o conhecimento de Deus.
* Provérbios 8:13 - O temor do senhor consiste em aborrecer o mal;
* Provérbios 9:10 - O temor do senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é prudência.
* Provérbios 10:27 - O temor do senhor prolonga os dias da vida, mas os anos dos perversos serão abreviados.
* Provérbios 14:26 - No temor do senhor, tem o homem forte amparo, e isso é refúgio para os seus filhos.
* Provérbios 14:27 - O temor do senhor é fonte de vida para evitar os laços da morte.
* Provérbios 15:16 - Melhor é o pouco, havendo o temor do senhor, do que grande tesouro onde há inquietação.
* Provérbios 16:6 - Pelo temor do senhor os homens evitam o mal.
* Provérbios 19:23 - O temor do senhor conduz à vida; aquele que o tem ficará satisfeito, e mal nenhum o visitará.
* Provérbios 22:4 – O galardão da humildade e o temor do senhor são riquezas, e honra, e vida.
* Provérbios 23:17 - Não tenha o teu coração inveja dos pecadores; antes, no temor do senhor perseverarás todo dia.
Como já disse, se com a correção divina nós já pecamos, quanto mais não pecaríamos se Ele não nos castigasse.
Se fixarmos em nossa mente que Deus julga o pecado, pensarei duas vezes antes de pecar. Ou três.. quatro.... Mas com certeza, a premência de se saber que um efeito “nocivo” nos sobrevirá quando erramos é um agravante para que não pequemos. Além de nos afastar de Deus e nos fazer sentir péssimos, saberemos que o pecado potencializa outras conseqüências ruins para nós. Conseqüências essas que nos farão desviar do pecado, e obter uma vida mais santa, da mesma forma com que as correções muitas vezes amedrontadoras de nossos pais nos endireitaram, e nos fizeram ser pessoas melhores hoje.
Moisés, por exemplo, experimentou isto. O homem mais manso da face da terra (Nm 12.3), e provavelmente o que mais tinha intimidade com Deus (Ex. 33.11), não escapou da justiça divina. Deus o amava demais, porém, Seu amor por Moisés não anulou a consequência de um pecado, mesmo após sua tão grande imploração (Dt 3.23-28). O trabalho de décadas empreendido por Moisés foi levado a cabo, mas as conseqüências perduraram.
Ex. 20.20 – Respondeu Moisés ao povo: Não temais; Deus veio para vos provar, e para que o seu temor esteja diante de vós, a fim de que não pequeis.
(Neste versículo, parece haver uma contradição, mas é possível entendê-lo. Moisés afirma que não precisa haver temor, pois o Senhor veio para pôr temor. Moisés disse isso porque Deus estava se manifestando de uma forma assustadora, conforme lemos nos versículos anteriores, e o povo estava tremendo de medo. Moisés, então, diz para o povo se acalmar, pois Deus estava querendo que o povo tivesse esse temor, pra que eles não pecassem. Ou seja, Deus assustou o povo com manifestações de Seu poder, para que o povo “ficasse esperto”, mas Moisés vai lá e acalma o povo, mesmo sabendo que a idéia do Senhor era mesmo a de despertar o povo mediante a adrenalina, o pavor.)
Precisamos entender de uma vez por todas que o “Amor de Deus” não anula em hipótese alguma Sua Justiça. Ele é Amor e Ele é Justiça. Qualidades inatas. Entender que o perdão pelos nossos pecados pode apagar o peso da dor, mas pode não anular o peso das conseqüências de nossos atos.
Como lemos na Palavra, em Gálatas 6.7, “... de Deus não se zomba. O que o homem plantar, isso ceifará.”. Com base nesta afirmação, devemos temê-lO, se pensamos em fazer algo ruim.
Creio que as frases mais importantes deste artigo são as seguintes:Da mesma forma que as crianças, nós devemos temer à correção de nosso Deus. Não a ele, mas as suas ferramentas de disciplina. Mas, mesmo sabendo que o temor não é a Ele, mas sim à disciplina, nós dizemos que temos temor a Ele. Assim como uma criança não diz morrer de medo do chinelo do pai, mas sim do próprio pai.
Não é uma forma errada de se expressar. Coloquialmente, não ouvimos uma criança dizer:
Desde o início deste estudo (e da minha vida) tenho buscado conhecer e praticar a vontade de Deus, procurando entender tudo o que Ele tem para mim. Com esta certeza, creio que, se errar, Deus conhecerá meu desejo em acertar, e viver aquilo que Ele quer para mim. Não tenho o menor interesse em distorcer a Palavra, ou de adaptá-la de forma que me convenha. Muito pelo contrário, creio que os mandamentos da Palavra de Deus, embora não penosos (1Jo 5.3), tendem a estreitar meu caminho. E isso me alegra. Desafios nos mantém mais dispostos, e com uma meta mais definida.
Sabendo que meu intuito é entender o que Deus quer para mim, a despeito do que eu quero para mim, creio que Seu Santo Espírito me ajuda em minhas fraquezas (Rm. 8.26), e me faz entender todas as coisas (Jo. 14.26). Mormente a Sua própria Palavra.]
Temor: substantivo masculino
Do latim, timore.
1) Ato ou efeito de temer; medo, susto.
2) Receio bem fundado de um mal ou de um perigo que pode sobrevir no futuro.
3) Medo acompanhado de respeito: Temor de Deus.
4) Sentimento de respeito ou reverência.
5) Escrúpulo, zelo.
Como vemos, em nosso idioma, a palavra Temor é polissêmica, ou seja, tem diversos significados, ao contrário dos termos originais hebraicos e gregos muitas vezes usados nos versículos, e que apresentam normalmente apenas um significado para a palavra: Medo.
Troquei e-mails com o pessoal da área de tradução da SBB, e me deram algumas informações interessantes, falando sobre a palavra original traduzida por “temor” pela Sociedade Bíblica Brasileira.
No idioma português, a palavra “temor” pode significar medo, mas também respeito, submissão, etc... Porém, a Bíblia não foi escrita originalmente em português, e sim em grego e hebraico, e as palavras utilizadas na época, em alguns versículos, querem dizer que devemos ter “medo do Senhor”.
Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, há diversas ocorrências de um termo com conotação de “medo”, “pavor”, e não de “respeito”.
No Novo Testamento, por exemplo, uma das palavras gregas mais utilizadas, traduzida por Temor é a palavra Phobéomai, que inclusive deu origem à palavra “Fobia”.
Nos idiomas vernáculos da Bíblia, não há tanto espaço para ambigüidades, pois a polissemia é uma propriedade gramatical relativamente nova, e própria de alguns idiomas, principalmente ocidentais. É claro que existia nos tempos passados, mas a ocorrência dela era mais rara.
Do latim, timore.
1) Ato ou efeito de temer; medo, susto.
2) Receio bem fundado de um mal ou de um perigo que pode sobrevir no futuro.
3) Medo acompanhado de respeito: Temor de Deus.
4) Sentimento de respeito ou reverência.
5) Escrúpulo, zelo.
Como vemos, em nosso idioma, a palavra Temor é polissêmica, ou seja, tem diversos significados, ao contrário dos termos originais hebraicos e gregos muitas vezes usados nos versículos, e que apresentam normalmente apenas um significado para a palavra: Medo.
Troquei e-mails com o pessoal da área de tradução da SBB, e me deram algumas informações interessantes, falando sobre a palavra original traduzida por “temor” pela Sociedade Bíblica Brasileira.
No idioma português, a palavra “temor” pode significar medo, mas também respeito, submissão, etc... Porém, a Bíblia não foi escrita originalmente em português, e sim em grego e hebraico, e as palavras utilizadas na época, em alguns versículos, querem dizer que devemos ter “medo do Senhor”.
Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, há diversas ocorrências de um termo com conotação de “medo”, “pavor”, e não de “respeito”.
No Novo Testamento, por exemplo, uma das palavras gregas mais utilizadas, traduzida por Temor é a palavra Phobéomai, que inclusive deu origem à palavra “Fobia”.
Nos idiomas vernáculos da Bíblia, não há tanto espaço para ambigüidades, pois a polissemia é uma propriedade gramatical relativamente nova, e própria de alguns idiomas, principalmente ocidentais. É claro que existia nos tempos passados, mas a ocorrência dela era mais rara.
Como há milhares de anos não havia tanta dificuldade de entendimento, por terem um léxico reduzido, com menos palavras e sinônimos, quando escreviam medo, queriam dizer medo. Quando escreviam submissão, usavam a palavra submissão. Quando queriam dizer respeito, escreviam respeito.
Sendo assim, em alguns versículos, o autor do livro escrevia medo, em outros, respeito, em outros, submissão. Existem muitos versículos na Bíblia que realmente querem dizer respeito, temor.- Deus me livre.. Se meu pai me pega, eu estou lascado. Tenho medo do que ele fará se me pegar.....
Eu pergunto:
É aí que surge a dificuldade.
Em alguns versículos, realmente a palavra original queria dizer “respeito”, “submissão”, e em outros versículos, queria dizer “medo”, mas como no português a palavra “temor” serve para ambos os casos, estas palavras foram traduzidas como “temor”, ao invés de serem mais específicas e desambiguadas. Desta forma, algumas vezes o autor queria escrever sobre “respeito”, e traduziram o termo como “temor”. Em outros versículos, o autor escreveu “medo”, mas também traduziram como “temor”. E o ruim, é que não se leva mais em conta a possibilidade de a palavra “temor” ter conotação de “medo”, mas sempre, simplesmente de “respeito”. Aí, surgiu toda a confusão....
Como já disse, em alguns casos, a palavra original realmente se refere ao “respeito” pelo Senhor, mas em muitos outros casos, a palavra expressa pelo autor da Palavra foi mesmo “medo” e “pavor”. E se em alguns versículos, a conotação é uma, e em outros, a conotação é outra, o que deve ser feito não é suavizar todos os versículos, a seu bel prazer, mas sim entender que a despeito de todo o amor de Deus por nós, às vezes precisamos temê-lO. Ter medo de Seu braço forte, caso tenhamos um conceito demasiadamente elevado de nós mesmos.
O ruim é que alguns cristãos fogem das palavras “medo de Deus” como o diabo foge da cruz.
Como já disse, em alguns casos, a palavra original realmente se refere ao “respeito” pelo Senhor, mas em muitos outros casos, a palavra expressa pelo autor da Palavra foi mesmo “medo” e “pavor”. E se em alguns versículos, a conotação é uma, e em outros, a conotação é outra, o que deve ser feito não é suavizar todos os versículos, a seu bel prazer, mas sim entender que a despeito de todo o amor de Deus por nós, às vezes precisamos temê-lO. Ter medo de Seu braço forte, caso tenhamos um conceito demasiadamente elevado de nós mesmos.
O ruim é que alguns cristãos fogem das palavras “medo de Deus” como o diabo foge da cruz.
Acontece que as pessoas têm uma grande facilidade em aceitar o “Amor de Deus”, mas não tem essa mesma facilidade em aceitar a “Ira de Deus”, a “Justiça de Deus”, a “Vingança de Deus” e/ou o “Juízo de Deus”.
Esta é uma mentalidade incrustada principalmente no povo ocidental, que afirma com grande alegria que “Deus é Amor, Deus é Amor...”, mas não ressaltam que Deus é um Deus que se ira contra o pecado, um Deus que abomina a maldade e que condena estas práticas.
Muitas pessoas têm dificuldade em aceitar este temor do Senhor como medo, pois conseguem viver tranquilamente apoiados em Seu amor, mas tem uma visão talvez convenientemente distorcida de Sua ira e Justiça.
E os atos de Justiça do Senhor podem ser suaves, mas podem ser severos. Tanto aos ímpios quanto aos seus filhinhos, que tantas vezes insistem em permanecer no erro.
Mas por que há esse receio de ter medo de Deus? Será que ter medo de Deus é algo tão terrível, contraditório, tirano? E se este medo for focado não no próprio Deus, mas sim nas conseqüências impostas por Ele, caso façamos algo ruim?
É nesta idéia que me apego.
Grande parte dos estudiosos afirma que não podemos ter medo de Deus, pois a Palavra diz em 1Jo 4.18, por exemplo, que “No perfeito amor não existe medo. Pelo contrário, o amor lança fora todo medo”.
Mas por que há esse receio de ter medo de Deus? Será que ter medo de Deus é algo tão terrível, contraditório, tirano? E se este medo for focado não no próprio Deus, mas sim nas conseqüências impostas por Ele, caso façamos algo ruim?
É nesta idéia que me apego.
Grande parte dos estudiosos afirma que não podemos ter medo de Deus, pois a Palavra diz em 1Jo 4.18, por exemplo, que “No perfeito amor não existe medo. Pelo contrário, o amor lança fora todo medo”.
Diz também em Romanos 8.15, que “... não recebemos o espírito de escravidão, para outra vez estarmos em temor, mas recebemos o Espírito de adoção de filhos...”.
Mas, de qualquer forma, a palavra hebraica utilizada em alguns versículos diz que devemos ter “medo” do Senhor.
Se a Palavra diz que devemos ter temor do Senhor, e ao mesmo tempo diz que no amor d’Ele não há medo, precisamos conciliar alguma coisa, para que tudo faça sentido, sem anularmos as verdades bíblicas, nem contradizê-las.
A minha conciliação desta questão é que devemos temer a Deus, mas não a Ele próprio, mas sim à Sua justiça. Temer o castigo que Ele nos imporá se pecarmos. Temer a correção, que embora ulteriormente produzirá um fruto de aperfeiçoamento, no momento é sempre dolorida (Hb. 12.11).
Precisamos temer ao nosso Deus, ao ponto de sabermos que se propositadamente agirmos de forma contrária aos princípios de vida que aceitamos junto com Ele, Ele nos castigará, e nós colheremos aquilo que plantamos.
Isso não deve estreitar nossa visão de AMOR que Deus é e tem. Pelo contrário, deve nos aproximar de Seu amor, e d’Ele
próprio.
O que eu preciso destacar é que o medo não deve ser do próprio Deus, mas sim das conseqüências por Ele impostas caso venhamos a agir de modo contrário ao Seu querer.
Mas, de qualquer forma, a palavra hebraica utilizada em alguns versículos diz que devemos ter “medo” do Senhor.
Se a Palavra diz que devemos ter temor do Senhor, e ao mesmo tempo diz que no amor d’Ele não há medo, precisamos conciliar alguma coisa, para que tudo faça sentido, sem anularmos as verdades bíblicas, nem contradizê-las.
A minha conciliação desta questão é que devemos temer a Deus, mas não a Ele próprio, mas sim à Sua justiça. Temer o castigo que Ele nos imporá se pecarmos. Temer a correção, que embora ulteriormente produzirá um fruto de aperfeiçoamento, no momento é sempre dolorida (Hb. 12.11).
Precisamos temer ao nosso Deus, ao ponto de sabermos que se propositadamente agirmos de forma contrária aos princípios de vida que aceitamos junto com Ele, Ele nos castigará, e nós colheremos aquilo que plantamos.
Isso não deve estreitar nossa visão de AMOR que Deus é e tem. Pelo contrário, deve nos aproximar de Seu amor, e d’Ele
próprio.
O que eu preciso destacar é que o medo não deve ser do próprio Deus, mas sim das conseqüências por Ele impostas caso venhamos a agir de modo contrário ao Seu querer.
Para entendermos essa relação
HOMEM / DEUS
farei uma analogia com a relação
FILHO / PAI
Quando criança, você não tem medo do seu pai, mas medo do chinelo dele.
Você pode amar seu pai (humano). Pode amá-lo demais, demais, e com todo o seu coração. Mas se outra criança disser para você fazer uma traquinagem, você naturalmente dirá:
Você pode amar seu pai (humano). Pode amá-lo demais, demais, e com todo o seu coração. Mas se outra criança disser para você fazer uma traquinagem, você naturalmente dirá:
Não! A criança não tem medo do Pai, mas fica implícito nas palavras que ela teme o castigo que seu pai poderá impor a ela caso a veja fazendo algo errado.
Aqui, vimos a visão do filho. Agora veremos a visão do pai.
Um pai descobre que seu filho está começando a se infiltrar numa gangue que rouba objetos. Após uma conversa com o filho, a criança se mantém nestes caminhos ruins. Sem o menor temor de seu pai. Sem medo de ser punida. Uma hora o pai chega ao filho e o castiga com algumas cintadas e impede-o de fazer algo que gosta muito, como castigo corretivo, com o intuito de afastá-lo do caminho obviamente mal que o filho está entrando. O pai deixa claro que esta correção é para o bem do filho.
Pergunto:
* Por acaso esta atitude do pai anula seu amor pelo filho?
Se um pai castiga o filho quando este comete algum delito, o pai disciplina o filho. Sem deixar de amá-lo. E o filho teme este castigo, esta correção, sem deixar de amá-lo.
Qual o filho que gosta de ouvir do pai:
- Rapaz!!! Sobe agora que já vamos ter uma conversinha!!!
Nenhum! No mínimo o filho já sobe chorando, pois teme o castigo.
Muitos pais corrigem os filhos de forma desumana, irracional, sem conversar, e isto realmente faz minguar o amor do filho pelo pai, mas quando um pai é amável, até na disciplina este amor transborda. E o filho continua firme com o amor pelo pai, sabendo que ele é um paizão.
O que quero esclarecer é que o filho tem medo da correção do pai, e não do próprio pai. O filho teme as cintadas do pai, e não o próprio pai.
Por isso, inclusive, muitos educadores dizem que um pai jamais deve bater em seu filho com suas próprias mãos, mas sempre discipliná-los com algum objeto, como uma varinha, um chinelo, uma cinta. O filho tem a capacidade de temer ao objeto de punição, desvencilhando-o do próprio pai. Se um pai bate no filho com um chinelo, o filho terá temor do chinelo, e não do pai. Isto é provado por meio de pesquisas.
Agora, se o pai bate com as próprias mãos, o filho terá medo das mãos do pai. Isso é ruim, pois essas mãos deveriam ser caracterizadas pelo carinho e amor ao filho, e não como ferramenta de disciplina.
- Eu não vou fazer isto, pois tenho medo do castigo de meu pai.
O mais comum a se ouvir é:
- Eu não vou fazer isso, pois tenho medo de meu pai.
Da mesma forma, nós dizemos que temos medo de nosso Pai, mas tendo em vista Sua correção, e não Sua pessoa.
De qualquer forma, apesar de eu crer que esta simples analogia já seja o bastante, quero escrever alguns versículos que dizem a respeito do Temor do Senhor, e que não se harmonizam com o termo “Respeito” ou “Submissão”, mas sim com o próprio “Medo” ou “Pavor”.
Vamos ver alguns:
Mt. 10.28 - Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo.
(Neste caso, entendo que se trata de medo, e não de respeito. É extremamente mais aceitável aceitar que as pessoas têm medo de assassinos, do que respeito e/ou submissão a eles.)
Dt. 11.25 - Ninguém vos poderá resistir; o SENHOR, vosso Deus, porá sobre toda terra que pisardes o vosso terror e o vosso temor, como já vos tem dito.
Ef. 6.5 - Quanto a vós outros, servos, obedecei a vosso senhor segundo a carne com temor e tremor, na sinceridade do vosso coração, como a Cristo
(Nestes versículos, já lemos que, aliado ao temor, devemos ter tremor. Este tremor se alia muito mais facilmente à idéia de medo, pavor, do que de respeito e submissão. Desconheço alguém que tenha “tremido de respeito”.)
* O Amor de Deus não anula sua Justiça
Reitero meu ponto de vista: O “Temor do Senhor” não é um temor do próprio Deus, mas sim de Sua justiça. Das conseqüências por Ele impostas, decorrentes de nossos erros e pecados.
Como diz em Hebreus 10.31, “Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo.”
As mãos d’Ele são as mãos mais lindas, carinhosas e amáveis do mundo, e os furos nelas provam isto. Porém, um bom pai tem uma mão que acalma, acaricia, mas também uma mão que corrige. Deus, como Pai, tem também. Os meios que Ele se valerá para nos castigar podem ser outros, mas a conseqüência virá.
A palavra de Deus nos diz em Provérbios 16.6 que “por causa do Temor do Senhor, o homem se afasta do mal.”
Por quê?
Porque quem O teme sabe que O teme por ser Ele um Deus justo, que o ama mais que tudo, mas que castigará quem quer que seja, por erros, a fim de evitá-los futuramente.
Uma criança pensa duas vezes antes de fazer algo ruim, pois sabe que o pai irá castigá-la. Conosco é a mesma coisa. Nós pensaremos duas vezes antes de pecarmos, sabendo que Deus nos castigará. Se castigando, já pecamos, imagine sem uma correção, como não viveríamos!
Uma criança pensa duas vezes antes de fazer algo ruim, pois sabe que o pai irá castigá-la. Conosco é a mesma coisa. Nós pensaremos duas vezes antes de pecarmos, sabendo que Deus nos castigará. Se castigando, já pecamos, imagine sem uma correção, como não viveríamos!
Por que perdemos o temor?
No decorrer dos anos, nosso crescimento e amadurecimento (ou será “imaturação”?) tornam nosso caráter muito diferentes do caráter de uma criança, tirando de nós este tão benéfico temor. Uma criança tem este saudável temor do pai, mas à medida que cresce e se torna independente, acaba o perdendo. O problema é que nós, como filhos de Deus, não podemos nunca perder este temor. Pois o conhecimento e sabedoria de um pai humano pode ser ultrapassado, mas o de nosso Pai Eterno será sempre transcendente.
Nós crescemos e nos distanciamos daquele sentimento e postura de temor a Deus. Por tornarmo-nos independentes, por pensar que nossos atos não serão julgados, pensar que Deus conhece nossas fraquezas e não levará em conta a nossa falta de esforço, etc...
Além deste, outro fato nos afasta do temor de Deus. Como disse Davi, em Salmos 36, a maldade dos ímpios prolifera, pois, a seu ver, os ímpios acham inútil temer a Deus. E pior ainda: Ele via que muitas vezes o ímpio, sem temor, pecava, pecava e aparentemente sempre se dava bem. Sempre prosperava, a despeito de seus erros. Destarte, muitas vezes o justo, embalado por sua concupiscência e dando asas a sua tentação, acaba praticando o mal também, sem se preocupar tanto com as conseqüências, como os injustos.
Porém, Deus deixa claro que esta absolvição é uma mera impressão. Que na verdade, Deus julga cada um sim, porém, para alguns, não vemos ou percebemos o castigo. Todas as obras são julgadas! Tanto em vida, quanto no Julgamento Final. Algumas vezes, o castigo parece tardar, mas não deixa de ser imposto.
Muitas vezes, pela aparente indiferença de Deus para com nosso pecado, acabamos pecando sem medo. Sem temor. Afinal, nós pecamos, pecamos e não acontece nada. Então achamos que o problema não é tão grave assim. Mas é! Uma hora seu castigo virá. Lembre-se: De Deus não se zomba. Você colherá aquilo que plantar!
Nessa certeza, devemos nos esforçar ainda mais em nos manter em santidade e viver a vida que Deus tem para nós.
Nós crescemos e nos distanciamos daquele sentimento e postura de temor a Deus. Por tornarmo-nos independentes, por pensar que nossos atos não serão julgados, pensar que Deus conhece nossas fraquezas e não levará em conta a nossa falta de esforço, etc...
Além deste, outro fato nos afasta do temor de Deus. Como disse Davi, em Salmos 36, a maldade dos ímpios prolifera, pois, a seu ver, os ímpios acham inútil temer a Deus. E pior ainda: Ele via que muitas vezes o ímpio, sem temor, pecava, pecava e aparentemente sempre se dava bem. Sempre prosperava, a despeito de seus erros. Destarte, muitas vezes o justo, embalado por sua concupiscência e dando asas a sua tentação, acaba praticando o mal também, sem se preocupar tanto com as conseqüências, como os injustos.
Porém, Deus deixa claro que esta absolvição é uma mera impressão. Que na verdade, Deus julga cada um sim, porém, para alguns, não vemos ou percebemos o castigo. Todas as obras são julgadas! Tanto em vida, quanto no Julgamento Final. Algumas vezes, o castigo parece tardar, mas não deixa de ser imposto.
Muitas vezes, pela aparente indiferença de Deus para com nosso pecado, acabamos pecando sem medo. Sem temor. Afinal, nós pecamos, pecamos e não acontece nada. Então achamos que o problema não é tão grave assim. Mas é! Uma hora seu castigo virá. Lembre-se: De Deus não se zomba. Você colherá aquilo que plantar!
Nessa certeza, devemos nos esforçar ainda mais em nos manter em santidade e viver a vida que Deus tem para nós.
Parece não soar muito nobre a idéia de nos afastarmos do pecado por medo das consequências, mas esta é uma ferramenta usada em nosso favor, para que evitemos o mal.
Concluindo
A meu ver, o Temor do Senhor em alguns momentos deve ser entendido como respeito e submissão, sim, mas em outros, deve ser entendido como medo mesmo, como o autor quis se expressar e afirmar, mas não um medo d’Ele, mas das conseqüências que Ele pode impor.
e o homem muitas vezes teme um ladrão, uma barata ou algum ser ínfimo que seja, quanto mais o nosso Deus Eterno, que tanto nos ama, mas está disposto a nos dar um bom castigo, ambicionando nossa perfeição! E para muitos, essas chances serão tantas, tantas, que um dia acabarão. E serão lançadas no Lago de Fogo. Porque Deus não as queria? Não... Porque elas não O queriam. O amor respeita. O amor liberta. Serão afastadas de Deus por vontade própria. E Deus assim agirá. Por falta de amor? Não... Por justiça!
Que não é anulada pelo amor. Ao contrário, é exercida por ele.
Abaixo, alguns versículos para meditação sobre o "Temor do Senhor", porém, com idéia original de respeito e submissão:
* Jó 28:28 - E disse ao homem: Eis que o temor do senhor é a sabedoria, e o apartar-se do mal é o entendimento.
* Provérbios 2:4, 5 - Se buscares a sabedoria, então entenderás o temor do senhor e acharás o conhecimento de Deus.
* Provérbios 8:13 - O temor do senhor consiste em aborrecer o mal;
* Provérbios 9:10 - O temor do senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é prudência.
* Provérbios 10:27 - O temor do senhor prolonga os dias da vida, mas os anos dos perversos serão abreviados.
* Provérbios 14:26 - No temor do senhor, tem o homem forte amparo, e isso é refúgio para os seus filhos.
* Provérbios 14:27 - O temor do senhor é fonte de vida para evitar os laços da morte.
* Provérbios 15:16 - Melhor é o pouco, havendo o temor do senhor, do que grande tesouro onde há inquietação.
* Provérbios 16:6 - Pelo temor do senhor os homens evitam o mal.
* Provérbios 19:23 - O temor do senhor conduz à vida; aquele que o tem ficará satisfeito, e mal nenhum o visitará.
* Provérbios 22:4 – O galardão da humildade e o temor do senhor são riquezas, e honra, e vida.
* Provérbios 23:17 - Não tenha o teu coração inveja dos pecadores; antes, no temor do senhor perseverarás todo dia.
E.F.
Que Deus nos abençoe e nos faça crescer em conhecimento, ao ponto de entendermos que o Temor do Senhor nos afastará do mal. E este temor, por sua vez, gerará em nós a verdadeira sabedoria, que vem do alto. Que vem de Deus. Primeiramente, nossa santidade deve ser almejada por amor, como todos os nossos demais atos, mas Deus sabe de nossas falhas, e se vale de uma correção, uma disciplina, para nos manter ainda mais atentos.Como já disse, se com a correção divina nós já pecamos, quanto mais não pecaríamos se Ele não nos castigasse.
Se fixarmos em nossa mente que Deus julga o pecado, pensarei duas vezes antes de pecar. Ou três.. quatro.... Mas com certeza, a premência de se saber que um efeito “nocivo” nos sobrevirá quando erramos é um agravante para que não pequemos. Além de nos afastar de Deus e nos fazer sentir péssimos, saberemos que o pecado potencializa outras conseqüências ruins para nós. Conseqüências essas que nos farão desviar do pecado, e obter uma vida mais santa, da mesma forma com que as correções muitas vezes amedrontadoras de nossos pais nos endireitaram, e nos fizeram ser pessoas melhores hoje.
Moisés, por exemplo, experimentou isto. O homem mais manso da face da terra (Nm 12.3), e provavelmente o que mais tinha intimidade com Deus (Ex. 33.11), não escapou da justiça divina. Deus o amava demais, porém, Seu amor por Moisés não anulou a consequência de um pecado, mesmo após sua tão grande imploração (Dt 3.23-28). O trabalho de décadas empreendido por Moisés foi levado a cabo, mas as conseqüências perduraram.
Ex. 20.20 – Respondeu Moisés ao povo: Não temais; Deus veio para vos provar, e para que o seu temor esteja diante de vós, a fim de que não pequeis.
(Neste versículo, parece haver uma contradição, mas é possível entendê-lo. Moisés afirma que não precisa haver temor, pois o Senhor veio para pôr temor. Moisés disse isso porque Deus estava se manifestando de uma forma assustadora, conforme lemos nos versículos anteriores, e o povo estava tremendo de medo. Moisés, então, diz para o povo se acalmar, pois Deus estava querendo que o povo tivesse esse temor, pra que eles não pecassem. Ou seja, Deus assustou o povo com manifestações de Seu poder, para que o povo “ficasse esperto”, mas Moisés vai lá e acalma o povo, mesmo sabendo que a idéia do Senhor era mesmo a de despertar o povo mediante a adrenalina, o pavor.)
Precisamos entender de uma vez por todas que o “Amor de Deus” não anula em hipótese alguma Sua Justiça. Ele é Amor e Ele é Justiça. Qualidades inatas. Entender que o perdão pelos nossos pecados pode apagar o peso da dor, mas pode não anular o peso das conseqüências de nossos atos.
Como lemos na Palavra, em Gálatas 6.7, “... de Deus não se zomba. O que o homem plantar, isso ceifará.”. Com base nesta afirmação, devemos temê-lO, se pensamos em fazer algo ruim.
Creio que as frases mais importantes deste artigo são as seguintes:Da mesma forma que as crianças, nós devemos temer à correção de nosso Deus. Não a ele, mas as suas ferramentas de disciplina. Mas, mesmo sabendo que o temor não é a Ele, mas sim à disciplina, nós dizemos que temos temor a Ele. Assim como uma criança não diz morrer de medo do chinelo do pai, mas sim do próprio pai.
Não é uma forma errada de se expressar. Coloquialmente, não ouvimos uma criança dizer:
Pois bem. O Temor do Senhor.
Primeiro, precisamos definir esse sentimento. Ou será uma atitude? Uma postura?
Acima, disse não ter concordado com nenhum texto que li a respeito do Temor do Senhor, pois todos foram unânimes em afirmar que esse TEMOR dito na Bíblia não quer dizer na verdade “Temor... Temor... Medo”, mas sim uma atitude de Respeito e Submissão.
Eu já discordei aqui. E tentarei explicar o porquê.
Primeiro, vamos ver no dicionário o que quer dizer a palavra “Temor”:
(APESAR DE ESTE ARTIGO SER RACIONALMENTE CORRETO, E TER APOIO LINGUÍSTICO, CONFESSO QUE AINDA NÃO TENHO 100% DE PAZ QUANTO AO SEU CONTEUDO. TIRE SUAS CONCLUSÕES, E COMPARTILHE OPINIÕES, MAS POR FAVOR, CASO QUEIRA DISCUTIR SOBRE ESTE ASSUNTO, VENHA COM BASES BÍBLICAS E LINGUÍSTICAS, E NÃO COM A OPINIÃO DO SENSO COMUM, QUE PARA MIM CARECE DE BASES MAIORES E MAIS FIDEDIGNAS, DO QUE O SIMPLES ACHISMO)
Após muitas quedas, muito sofrimento, muito arrependimento e um cansaço com minhas próprias falhas e pecados, desabafei:
- Meu Deus... O que eu faço? Não agüento mais essa vida de pecados miserável! Eu perdi a noção... Parece que peco sem ligar para as consequências. Não agüento mais!!!
E este estado de auto-indignação me levou a pensar sobre as armas bíblicas que nos municiam contra o pecado, a carnalidade, a fraqueza.
Na Palavra de Deus, encontramos diversas estratégias para se desviar do mal. Temos os dons do Espírito (1Co. 12), somos instruídos a vigiar e orar (Ef. 6). Temos até que fugir de algumas coisas, ao invés de enfrentá-las (Pv. 22.3; 1Co. 6.18; 10.14). Dentre estas estratégias, uma começou a queimar no meu coração:
A necessidade de se ter “Temor do Senhor”.
Sabe aquele tal de “Temor do Senhor” que tantas vezes já ouvimos falar, mas que tão poucas vezes buscamos, com os joelhos prostrados diante do Rei? Aquele temor, que sempre ouvimos dizer, que é o princípio da sabedoria. Pois é... Ele existe. E está em diversas passagens da “Cartinha” que Deus nos deixou.
Desde então, em meados de Março de 2009, comecei a estudar este tema, embasado unicamente na Bíblia. É claro que consultei algumas outras fontes, mas humildemente admito que discordei de todas elas. Não aceitei o ponto de vista deles.
Na Palavra, encontramos diversos versículos que falam sobre o “Temor do Senhor”. Principalmente em Provérbios.
Com base nestes versículos, e com uma pequena consulta aos textos originais da Bíblia, cheguei a uma conclusão diferente da que os articulistas que li chegaram. Este é o meu entendimento, e, se a minha consciência não me condena, fico em paz (At. 24.16).
Duda,adorei o blog!
ResponderExcluirJa sei onde estudar e aprimorar o que aprendo na Ebd!
O último post é extenso mas aos poucos estou lendo e refletindo!
Estou construindo o meu blog gospel!Você pode me dar uma idéias!
Que Deus te abençõe!
Gostei do texto.
ResponderExcluirLinguagem clara, boas comparações, porém ressalto algumas dúvidas, em Mt.10.28 aquele que pode fazer perecer o corpo e a alma é o diabo(meu entendimento) e a este sim, devemos nutrir verdadeiro temer, pavor, horror...
Em Ex 20.20 "não temais" essa expressão aparece mais vezes na Bíblia do que "temor de Deus",então, temer ou não temer, respeitar,confiar na misericórdia de Deus não no castigo?(mesmo sabendo que Ele castiga como um pai ,por amor) É complicado!
Continuo a minha busca pela compreensão desse "Temor a Deus". Não desmerecendo seu estudo, mas ainda tenho dúvidas, pena qua não possamos trocar figurinhas.
sim_pra_vida@hotmail.com
ResponderExcluirPara a troca de figurinhas, se quiser...