A MÚSICA EM MINHA VIDA
Por Eduardo Feldberg
Admirador de música e fã de instrumentos em geral desde pequeno, só iniciei meus estudos musicais aos dez anos de idade, com um professor de saxofone. Lembro-me que devido à pequinês de minhas mãos, tive que ficar por um bom tempo tocando clarinete, e estudando os métodos Bona e Pozzoli. Por falta de empolgação, desisti das aulas após cerca de seis meses. Reparei que o que me tocava mesmo era a bateria, uma grande paixão antiga... Durante os cultos, ficava sempre observando esse instrumento, e prestando o máximo de atenção em cada movimento do baterista, para tentar imitá-lo posteriormente.
Observando, aprendi muitas coisas, principalmente com as oportunidades de tocar após os cultos, ou durante as tardes, na bateria da igreja que freqüento (1ª IBL). Vendo meu desenvolvimento autodidata, minha mãe gostou (do desenvolvimento, não do instrumento... rs....) e me matriculou numa escola de música em Pirituba. Uma escolinha com um professor muito legal, mas que por dar aula de tudo quanto é instrumento, acabou não se aperfeiçoando em nenhum, então após três meses de aula sem muita perspectiva, me afastei das aulas ali, voltando a treinar sozinho.
Por volta dos meus 15 anos, se não me engano, fui convidado para tocar bateria no grupo de louvor de adolescentes de minha igreja, o saudoso “Salmistas”, e ali pude desenvolver um pouco minhas habilidades no instrumento, mas sempre observando os outros instrumentistas, afinal, esta era minha única forma de aprendizado, além da prática.
Mais ou menos nessa época, numa das visitas de meu amigo Eduardo Macedo (não sou eu!! É um homônimo... rs..), baixista da IBL, me interessei pelo violão, e ele me mostrou algumas batidas. Fiquei muito inspirado, e concomitante à bateria, desenvolvi a eventual prática de violão. No início, minha mãe me ajudou, ensinando-me diversos acordes e corinhos antigos, que foram as primeiras músicas que toquei.
Aos 17 anos, se não me engano, consegui um patrocinador para custear meus estudos no Instituto de Música e Pesquisa Fabiano Manhas, mas grandes desentendimentos pessoais com o professor limitaram meu período de aulas ali à apenas 2 meses. Após isso, entrei em outros grupos de louvor de minha igreja e continuei tocando e aprendendo bateria por conta, e por observação.
Apenas em 2007, resolvi ingressar num curso teórico de música, pois meus conhecimentos eram bem limitados (principalmente teóricos), e ingressei no Conservatório Souza Lima, o único conservatório do Brasil com conteúdo supervisionado e aprovado pela Faculdade Berklee, considerada a maior faculdade de música do mundo, e provavelmente uma das três melhores. No Souza Lima, a maioria dos professores são formados em música pela Berklee, estando assim bem aptos a lecionar.
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Durante três anos, tive que ralar muito, pois como bolsista, minha média tinha que ser superior a 8,5 e os conteúdos são muito puxados. Tive matérias como Harmonia Popular, Harmonia Tradicional, Contraponto, História da Música, Fundamentos da Improvisação Moderna, Arranjo Orquestral, Análise e Regência, dentre outras matérias que me fizeram suar por seis semestres.
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Foram meses que valeram muito a pena. A única coisa que me arrependo é de não ter escolhido um instrumento harmônico para acompanhar meu curso, afinal, sem essa opção, eu aprendia muito conteúdo teórico, mas não o colocava em prática, e acabava me esquecendo da maior parte das lições. Foi motivado por este esquecimento que resolvi criar este mini-curso de teoria musical. Primeiro, para que possa voltar a estudar tudo aquilo que estudei durante aqueles três anos, e segundo, para passar para você, caro visitante, um pouco de Teoria Musical, visando aperfeiçoar seus conhecimentos práticos.
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